Por Edilane Santos
Aconteceu durante todo o dia desta quinta-feira (07) o Júri Popular com a intenção de findar as investigações sobre o assassinato do ex-prefeito da cidade de Bayeux, Expedito Pereira. Durante as mais de 14 horas de depoimentos e debates, foram ouvidas duas (02) testemunhas dos assistentes de acusações, cinco (05) do Ministério Público, quatro (04) do réu José Ricardo Alves e duas (02) do réu Leon Nascimento dos Santos.
Entre os depoentes estavam a viúva da vítima, Cristina Mota, que afirmou em vários momentos de sua fala que José Ricardo, sobrinho da vítima e acusado de ser o mandante do crime, era muito próximo a família e frequentava com liberdade a casa do tio, bem como administrava seus imóveis e movimentações bancárias.
A ex-mulher de Gean Carlos, que também foi ouvida, afirmou em sua fala que o próprio companheiro certificou, após o crime, que José Ricardo (Ricardinho) encomendou a ele e a Leon a morte de Expedito Pereira.
Ao depor, o acusado Leon assumiu a consumação do crime, porém atribuiu a Ricardo a arquitetura de todo plano para assinar a vítima. Leon disse ter se arrependido do que fez e falou ter sido ameaçado pelo mentor e induzido a executar o crime.
Ricardo por sua vez negou todas as acusações contra ele e também disse que não administrava os bens de seu tio, apenas cuidava das transações bancarias e repassava todo dinheiro a ele por esse não gostar de ir a banco.
O Ministério Público citou em seu debate final ser dificílima a situação da bancada de defesa naquele júri por ter o papel de defender o indefensável.
Após horas de apresentação de provas, defesas e depoimentos, os réus foram sentenciados pelo crime de homicídio qualificado, por maioria de votos. Leon Nascimento dos Santos cumprirá pena de 24 anos de reclusão e José Ricardo Alves, 20 anos de reclusão, ambos em regime inicial fechado.
Gean Carlos, acusado de acompanhar o executor do crime e le entregar a arma que foi usada, ainda não foi localizado.
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Da Redação FontePB